sábado, 29 de novembro de 2008

O assassino da Língua Pátria.

Na rapidez de escrever o que vinha a cabeça esqueci que não devo assassinar a Lingua Pátria, no meu texto anterior passei batido por diversos erros de Português, não sou eximio nas letras e o que deveria fazer no minimo é uma revisão para que se alguns erros fossem cometidos não fossem tão grandes assim,mas sou assim muito ansioso, na ansia de exprimir minhas idéias, vou aos solavancos e atropelo tudo, então peço desculpas pelo meu defeito enorme, e em especial ao Ricardo meu nobre e dileto amigo, que tem especial apreço pela Lingua Portuguesa e ao ler o missivista que vos escreve, deve cair da cadeira e em breve me presentear com um livro de Gramatica do Bechara, hehehehehehehehehe. Só para não deixar de ser eu mesmo, escrevi algumas palavras sem a devida acentuação gráfica neste e em vários textos, então senhores perdoem minha falha, mas quem sabe no Futuro serei reconhecido como o Blogueiro que escreve errado, sabe que escreveu errado e por uma exentricidade louca ou vontade de levar os outros a Loucura, faz o que não deve fazer assassinar a Gramática.

Sds Mundy

7 comentários:

Maria disse...

Se o senhor Ricardo caísse da cadeira cada vez que visse um erro, já não haveria cadeiras na casa dele….estariam todas fdanificadas.Todo o mundo dá erros, senhor Mundy. Quando estou mais nervosa dou-os em catadupa. Ricardo deve ser a excepção à regra Não conheço ninguém que seja tão escorreito , tão lógico e tão articulado ,naquilo que escreve,como ele.
De facto o senhor se atropela, esquece-se da pontuação, mas penso que já é um treino para ler Saramago...Tentei algumas vezes ler Saramago, mas dei sempre por mim a pontuar os textos, não conseguindo nem perceber a história. Claro que eu é que estou errada, mas... De qualquer maneira adquiriu, 2º palavras de Saramago, o livro mais cómico dele. Reparou que nome ele deu à exposição que o levou a Lanzerote, e S. Paulo? "A consistência dos sonhos", bonito, não?
Prometo que um dia farei mais umas incursões em Saramago.
Bom dia para si.
Maria

Fê Mundy disse...

Bom Dia para si também, olha estive a procura do poema que citaste, libertdade , mas não o encontrei na rede, poderia me facilitar o trabalho e me dar o caminhos das pedras, hehehehehe, já estou a querer demais de vossa senhoria, acho te engraçada a sempre me chamar de Senhor Mundy, cria me uma certa indagação de que me aches velhote, hehehehe ou então uma formalidade exigida por sua Educação, de qualquer forma, eu realmente possuo o grave defeito de errar pontuações, que creio não seja o meu único defeito ao escrever, tento me policiar, creio que tendo a melhorar retomando o hábito da leitura, bem escolhi Saramago por ter curiosidade da obra dele, como estou a me iniciar no hábito da leitura mais edificante minha opção pelo Autor.Bem entendi então a minha escolha por Caeiro, pois sou rústico na plena convicção de meu ser, se ivesse a opção de poder morar em local bucólico, o faria sem hesitação, mas é que a necessidade de prover minha familia, dá me mais condição morar perto de um Grande centro, mas com toda minha sinceridade, almejo um dia Morar no campo, literalmente, apesar de o meu amigo Ricardo não entender esta minha escolha, sempre me lembrando que é necessário estar próximo das condiçoes que a Metropole oferece, mas então se Alberto é de origem que se assemelha ao meu desejo, rogo que terei enorme prazer em lê-lo.
Bom Domingo e outra coisa, pela hora que esvrevo , em Portugal deve estar perto das 14 horas, a Vossa sorte é que amanhã estará de Boresta em casa, em face da comemoração da independencia de Portugal frente a Espanha.
Saludo
Mundy

Maria disse...

De facto se há algum velhote no meio de nós, sou eu. Meu Bilhete de Identidade diz-me que completarei meio século de existência no próximo mês de Julho .
Bem, acho que ficará com “inveja”quando souber que para além de viver numa cidade pequena com cerca de 15 mil habitantes, lhe direi ainda que por trás do meu quintal há apenas árvores e que é com o cantar dos passarinhos que acordo todas as manhãs. Também não gosto de grandes cidades .As metrópoles para mim são claustrofóbicas…muita confusão, barulhos, poluição. Nasci numa aldeia onde a palavra de ordem era brincar até cair de cansaço então não me habituo ao caos que caracterizam as grandes cidades.
Ah o poema “Liberdade”
“Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca... “
Só um esclarecimento. D. Sebastião foi um rei português que desapareceu numa batalha(Alcaçer Quibir-1578) contra os árabes. Devido a isso perdemos a independência face a Espanha em 1580. Durante muitos anos ficámos à espera que esse rei voltasse numa manhã de nevoeiro(como desapareceu)e salvasse Portugal
Um abraço
Maria

Fê Mundy disse...

Bem Maria, também moro num local em que acordo com o canto dos Passarinhos, moro numa cidade pequena perto de Niterói, onde mora Ricardo, mas aqui não é ainda meu sonho de morada , aqui onde moro é perfeito para a criação do meu pequeno de tres anos, mas desejo ir para local mais interiorano ainda, tenho vontade imensa de morar em Minas Gerais, mas é um projeto para o Futuro, quem sabe não muito longe.

Maria disse...

Bem...sonho mesmo era o de morar no meu Alentejo, onde o olhar se perde na planície, se funde com a terra, parecendo muitas vezes um autêntico quadro de Van Gogh . Mas não passa mesmo de um sonho, daqueles que emoldurarão para sempre o meu imaginário .
Esqueci que esse D. Sebastião também pertenceu à vossa história uma vez que tivemos mais de 300 anos de história comum. DE qualquer forma há poemas de Pessoa eivados de história e simbolismo( “Mensagem “ , é um deles)…Qualquer esclarecimento adicional que necessite , neste sentido, esteja à vontade o esclarecerei feliz.
Meu marido acaba de despertar, está na minha hora.
Um óptimo dia para si e senhor Ricardo.
Maria

Ricardo disse...

Escrevo, primeiramente, para dizer que já paguei minha dívida com Mundy, em relação à sugestão de livros. Em segundo lugar, para registrar meu agradecimento pelos elogios quanto ao meu modo de escrever... aproveitando para dizer que não caio de cadeiras ao ver erros... mas que realmente estou sempre de olhos bem abertos para eles, isso, estou! Rsss.
Por último, devo informar-lhes que, após a minha aposentadoria, se saudável ainda estiver, pretendo me retirar da cidade... por enquanto, a proximidade com ela - por conta do trabalho e das atividades da pequena - ainda me traz o que considero "qualidade de vida" - com todo o absurdo que isso possa parecer. Meu quintal é um parque público arborizado e com brinquedos, minha piscina é a praia a dois quarteirões, meu transporte preferido são os pés... e por aí vai!
Abraços.

Maria disse...

Caros senhores!
1º de tudo queria dizer-vos o quanto me agrada escrever aqui. Aqui não necessitamos de grandes deambulações filosóficas, não precisamos ser exímios escritores , nem lançar veneno, ou mesmo "perfume" e muito menos precisamos usar demagogias. Aqui poderemos fazer viagens ao nosso interior, falar de nossas preocupações, nossos sonhos . O título que Mundy deu ao blog “Reflexões de um sonhador” aplica-se também a mim, que se um dia fizesse um blog talvez lhe desse o nome de “vendedora de sonhos” ,“deambulações ao meu interior” ou ainda “viagens no mundo de Dionísio” ou algo semelhante.
Bem, mas não era isso que pretendia falar. Gostaria de falar de princípios, topam? Me digam algo, penso, pelo que li dos 2, que genericamente os princípios com que foram criados, apesar de um oceano nos separar, são sensivelmente os mesmos: verdade, respeito por nós e pelo próximo, liberdade, solidariedade… Bem não é em debalde que falo sobre isso…Sou professora e aqui em Portugal estamos a passar por uma perseguição , sem precedentes à nossa classe. Perseguição feita de mentiras, de manipulação, desinformação, ambição, medo… Daí que encetámos uma luta , também sem igual, contra esta tutela. A diferença é que esta luta é desigual, não fazemos jogo sujo, baixo, contra um governo que nos deveria defender e em quem muito de nós votou(eu, felizmente, não o fiz) enquanto isso esta tutela ia/vai fazendo com que a “opinião pública “ se virasse contra nós, passando a mensagem que nada fazíamos, que ganhávamos muito e por aí. Nosso queridíssimo primeiro ministro chegou a declarar”Perdemos os professores, mas ganhamos a opinião pública”, perante isto, os garotos têm, paulatinamente, perdido o respeito por nós e a indisciplina e violência tem grassado nas escolas. A ministra de educação abriu a caixa de Pandora, agora quem vai conseguir fechá-la? Não, não é a única culpada…Numa sociedade cada vez mais consumista será que a maioria dos valores não estão demodé (?)(esta palavra raramente se usa aqui)? Para uma nova sociedade não será necessário arranjar novos princípios? Que me dizem disso?
Bem…bem…vou, antes que vocês os dois me atirem , o mesmo que os garotos atiraram à ministra - ovos e tomates…rs Antes disso deixem-me deixar-vos uma poesia de alguém que foi mais que um poeta, alguém que também abarcou o campo da filosofia e do teatro- Brecht.

“A indiferença
Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.
Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.
Logo a seguir chegou a vez
De alguns padres, mas como
Nunca fui religioso, também não liguei.
Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde.”
Bertolt Brecht

Abraços
Maria